Assumir comportamento humilde e manso, pede o Papa durante Ângelus



10 dezembro, 2017


Francisco, em sua tradicional prece dominical, lembrou os exemplos de Cristo para que possamos amar ao próximo e preencher os vazios de nossas vidas

Da redação, com Rádio Vaticano

Ângelus

Papa Francisco durante o Ângelus deste domingo, 10 / Foto: Reprodução CTV

Neste domingo, 10, de sua residência pontifícia, o Papa Francisco se dirigiu aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro durante sua usual prece mariana do Ângelus, oportunidade na qual citou os exemplos de humildade e mansidão deixados por Jesus Cristo.

“É um tempo para reconhecer os vazios a serem preenchidos em nossas vidas, para aplanar as asperezas do orgulho e criar espaço para a chegada de Jesus”, disse o Santo Padre.

O Sucessor de Pedro recordou a passagem bíblica do profeta Isaías, quando anuncia o fim de seu exílio na Babilônia e retorno a Jerusalém. Nesta passagem, ele profetiza para que o caminho do Senhor seja preparado no deserto, a fim de que todos os vales sejam nivelados. “Estes vales representam todo o vazio do nosso comportamento diante de Deus, todos os nossos pecados de omissão. O vazio em nossa vida pode ser porque não rezamos ou rezamos pouco”, advertiu Francisco.

Outro vazio citado pelo Papa pode ser a falta de amor ao próximo, sobretudo em relação às pessoas que precisam de ajuda não apenas material, mas também espiritual. “Somos chamados a prestar mais atenção às necessidades dos outros, de estarmos mais próximos, como João Batista, poderemos assim abrir caminhos no deserto árido do coração de muitas pessoas”, exortou.

Ainda sobre o profeta Isaías, o Pontífice rememorou seus ensinamentos quando o profeta versa sobre rebaixar os montes e colinas ― uma analogia às nossas claudicantes falhas morais. “O orgulho, a soberba e a prepotência devem ser rebaixados, pois onde isto existe o Senhor não pode entrar, precisamos assumir um comportamento de mansidão e humildade, sem chamar atenção, e assim preparar a vinda de nosso Salvador, pois este sim é manso e humilde de coração”, disse.

Para que a glória do Senhor apareça, devemos eliminar todos os obstáculos que se impõe em nosso caminho junto a Ele. “Para que o terrenos acidentado se torne plano, para que a Glória do Senhor se manifeste e todos os homens juntos irão vê-las. Essas ações devem ser realizadas com alegria, pois são uma preparação à chegada de Jesus”, afirmou o Santo Padre.

Prêmio Nobel

Ao final deste Ângelus, o Papa recordou a entrega do Prêmio Nobel pelo fim do uso das armas nucleares, cuja entrega acontece neste domingo, 10. Segundo Francisco, este reconhecimento se realiza juntamento ao Dia das Nações Unidas para os Direitos Humanos ― que, nas palavras do Santo Padre, destacam as fortes ligações entre os Direitos Humanos e o desarmamento nuclear.

“De fato, comprometer-se com a dignidade da tutela de todas as pessoas, em particular com as mais frágeis e desfavorecidas, significa trabalhar com determinação para construir um mundo sem armas nucleares. Que Deus nos dê a capacidade de colaborar a fim de construir a nossa casa comum. Temos a liberdade e a inteligência de guiar a tecnologia, de limitar o nosso poder a serviço da paz e do verdadeiro progresso”, ponderou.

Por fim, o Sucessor de Pedro manifestou suas preocupações com o povo indiano, vítima do ciclone Ockhi, que deixou algumas dezenas de pessoas mortas, e com o povo albanês, que sofreu perdas irreparáveis com grandes inundações que atingiram o país recentemente.

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