Padre Claudemir da Silva: a discrição no serviço



19 abril, 2015


“Somos felizes quando fazemos aquilo que pede o coração”

Natural da cidade de Jardim Alegre, Paraná, padre Claudemir da Silva mudou-se para São Pedro com a família, na adolescência. Caçula de uma família de cinco irmãos, ele decidiu entrar para o seminário aos 25 anos. Na época namorava, trabalhava como metalúrgico e participava de festivais como dançarino.Após sua ordenação presbiteral em junho de 2009, foi nomeado vigário-paroquial da Paróquia São Francisco de Assis, onde ficou até dezembro. No início de 2010, a pedido de Dom Fernando Mason, se tornou reitor do Seminário Propedêutico “Imaculada Conceição”, onde permaneceu até dezembro de 2012. Atualmente é reitor do Seminário Filosófico “São João XXIII”, ofício que assumiu em janeiro de 2013. Padre Claudemir é cerimoniário da diocese, função que desempenha em todas as celebrações solenes presididas pelo bispo com zelo e discrição.

Em entrevista para o “Em Foco” padre Claudemir fala da alegria de celebrar seis anos de caminhada sacerdotal.

Em Foco – Quando surgiu em sua vida a vocação de servir a Igreja?
Padre Claudemir - Minha família sempre foi participante da Igreja, inclusive meu irmão mais velho foi seminarista na Diocese de Apucarana (PR), mas minha vocação foi madura, já tinha 25 anos. Como eu era muito atuante junto à juventude em minha paróquia, em São Pedro, e o pároco da época, monsenhor Orivaldo Casini, incentivava muito a vocação, fui sentindo o chamado, então resolvi deixar tudo: pais, trabalho, namorada… e entrar no seminário.

Qual era sua profissão antes de ir para o seminário?
Eu era metalúrgico. Trabalhava como soldador e serralheiro em uma metalúrgica. Também tem outra coisa que eu gostava muito, e creio que poucas saibam: eu participava de um corpo de baile, fazia dança clássica e participei de vários festivais de dança em São Pedro e outras cidades do estado de São Paulo.

Como foi deixar tudo isso para servir ao Evangelho?
Foi tranquilo, porque quando fui para o seminário tudo estava muito claro dentro de mim. Fazer a experiência de deixar tudo e servir a Deus e ao Evangelho era uma necessidade. Uma experiência que deu certo. Em 2015 vou completar seis anos de vida sacerdotal e me sinto muito feliz e realizado como padre.

Qual o trabalho pastoral que o senhor vem desenvolvendo na diocese nesses seis anos?
Logo após a minha ordenação, em junho de 2009, fui trabalhar como vigário-paroquial na Paróquia São Francisco de Assis, em Piracicaba, juntamente com padre Aparecido Barbosa e nesta época eu cuidava de Dom Eduardo Koaik (in memorian). Mas, antes de ser ordenado, o nosso bispo Dom Fernando disse que tinha pensado algo diferente para mim, foi quando ele me perguntou se eu aceitaria ser reitor do Seminário Propedêutico. Então, após trabalhar por seis meses como vigário-paroquial, em janeiro de 2010, assumi a reitoria do seminário e lá permaneci por três anos. Em 2013, novamente a pedido do nosso bispo, passei a ser responsável pelo Seminário Filosófico São João XXIII, em Campinas, onde acompanho a caminhada vocacional de dez seminaristas.

O senhor também é cerimoniário da diocese. Fale sobre este ofício.
O cerimoniário tem como principal função fazer com que as grandes celebrações realizadas na diocese, como a Missa dos Santos Óleos, festividades, ordenações, entre outras, ocorram da melhor forma possível, ou seja, bem preparada e bem celebrada. É sua função estar atento ao rito litúrgico, para que tudo aconteça no momento exato, sem lacunas ou atropelos durante a celebração.

Quem escolhe o cerimoniário da diocese?
Esta é uma escolha do bispo. Antes da minha ordenação eu já auxiliava o padre William Martins que na época era o cerimonário oficial da diocese. Depois que ele deixou o ofício, Dom Fernando me convidou para o trabalho.

E hoje,o senhor tem auxiliares?
Sim, hoje são meus auxiliares neste oficio os seminaristas da teologia Mateus Kerches Nicolucci e Rodrigo Stefanini Françóia.

Qual sua mensagem aos leitores do Em Foco?
Digo a todos que só somos felizes quando fazemos aquilo que pede o coração. Então viva sua vocação, não importa qual seja ela, a sacerdotal, a consagrada ou a matrimonial. Se você deposita ali sua confiança e sua esperança, você será uma pessoa feliz. Seja sempre feliz vivendo a autenticidade de sua vocação.

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