Padre Lombardi fala da vida de Bento XVI, após 4 anos da renúncia



11 fevereiro, 2017


“O Papa emérito está muito lúcido, mental e espiritualmente, não obstante, com o passar do tempo, suas forças enfraquecem, como toda pessoa idosa”, relata padre Lombardi

Da redação, com Rádio Vaticano

No dia 11 de fevereiro de 2013, Bento XVI anunciava a sua renúncia ao Pontificado. “Um gesto inédito que, hoje, pode ser compreendido cada vez mais, graças à extraordinária relação de fraternidade com o Papa Francisco. Nestes quatro anos, o Papa emérito oferece ao mundo um precioso testemunho de oração silenciosa”, afirmou o Padre Federico Lombardi, Presidente da Fundação vaticana “Joseph Ratzinger” e porta-voz do Vaticano durante o Pontificado de Bento XVI.

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“O modo com o qual (Bento XVI) viveu e vive nestes quatro anos corresponde ao que havia dito, ou seja, viver na oração e retirado, do ponto de vista espiritual e com extrema discrição, seu serviço de acompanhamento, na oração, da vida da Igreja e em solidariedade com a responsabilidade do seu Sucessor. É o que está acontecendo em plenitude. No entanto, o Papa emérito está muito lúcido, mental e espiritualmente, não obstante, com o passar do tempo, suas forças enfraquecem, como toda pessoa idosa. Contudo, suas orações são coerentes com seu encontro com Deus, onde a presença divina ocupa o centro da sua existência, como ele afirmou no seu livro ‘Últimas conversações’. Eis o belíssimo testemunho que ele dá ao mundo contemporâneo”, ressaltou padre Lombardi.

O sacerdote, que conhece bem Bento XVI e Francisco, revela o que mais lhe chama a atenção na relação entre os dois, neste período inédito da história da Igreja:

“É verdade! É inédito mas foi vivido com extrema serenidade e normalidade, porque, a motivação e o modo em que aconteceu, foi extremamente linear com que Bento XVI havia dito, na sua discreta e serena proximidade espiritual, ao seu Sucessor, ao qual prometeu obediência, respeito e apoio. De fato, Papa Francisco mantém uma relação muito íntima e frequente com o Papa emérito, mediante visitas e telefonemas. São sinais de familiaridade, de respeito e de apoio espiritual: é um belo exemplo de unidade da Igreja, na sua variedade e diversidade”, afirmou padre Lombardi.

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