Vida sexual no casamento, será que vale tudo?



16 abril, 2015


O fato de o sexo ser legítimo no casamento, e só no casamento, não quer dizer que “vale tudo” após o matrimônio

Não somos animais irracionais; aliás, nem os animais irracionais usam o sexo de maneira errada. Ao contrário, são extremamente naturais.

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Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

A moral católica se rege da “lei natural” que Deus colocou no mundo e no coração do homem. Aquilo que não está de acordo com a natureza, não está de acordo com a moral. Será que, por exemplo, o sexo oral e anal estão de acordo com a natureza? Certamente não.

O Catecismo da Igreja nos ensina o seguinte: “Os atos com os quais os cônjuges se unem intima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido” (CIC 2362).

Em um discurso proferido, no dia 29 de outubro de 1951, Papa Pio XII disse palavras esclarecedoras sobre a vida sexual dos casais:

“ O próprio Criador (…) estabeleceu que, nesta função, os esposos sentissem prazer e satisfação do corpo e do espírito. Portanto, os esposos não fazem nada de mal em procurar este prazer e em gozá-lo. Eles aceitam o que o Criador lhes destinou. Contudo, os esposos devem saber manter-se nos limites de uma moderação justa” (CIC paragrafo 2362).

Tenho ouvido esposas que se queixam dos maridos que as obrigam a fazer o que elas não querem ou não aceitam no ato sexual. É uma violência obrigá-las a isso. Aquilo que cada um aceita, dentro de suas características psicológicas, não sendo uma afronta à lei natural, pode ser vivido com liberdade pelo casal.

É legítimo que o esposo prepare a esposa para que haja o que se chama harmonia sexual, isto é, ambos atinjam o orgasmo. O esposo deve se guiar exatamente pela orientação da esposa, que saberá lhe mostrar naturalmente o que ela precisa para chegar ao orgasmo com ele.

As carícias sexuais em preparação para o ato sexual são lícitas, mesmo as orogenitais, a fim de que ambos consigam chegar ao orgasmo. E o marido deve ajudar a esposa nesse sentido, pois, normalmente, ela tem mais dificuldade. Isso não é fazer sexo oral. O sexo oral acontece quando o casal busca o orgasmo apenas por meio oral, e isso não deve ser feito.

Não é lícito o casal praticar a masturbação mútua, porque não se pode respeitar a dimensão procriativa dessa forma; mas, durante a relação sexual normal, o marido pode ajudar a esposa a chegar ao orgasmo com carícias mais profundas. Isso não é masturbação, pois é feito durante o ato normal.

O casal deve vigiar para que a relação sexual não seja mundanizada, isto é, realizada à moda da prostituição vendida em filmes pornográficos. O casal cristão não precisa de DVDs eróticos para se preparar para o ato sexual. Da mesma forma, o casal que busca Deus não precisa se deliciar em um motel de beira de estrada. Sabemos que ali é um lugar de prostituição, de adultério e fornicação, atos tão condenados por Deus. Ora, assim como um casal não entra para fazer uma refeição em um restaurante

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